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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Bolso nosso de cada dia!

 A realidade.....

Frequentemente temos visto na mídia muitas reportagens voltadas para como melhorar nossa relação com o dinheiro. Muitos consultores financeiros nos orientam quanto ao que devemos fazer para contornar as dificuldades financeiras, depois que elas já estão em seu ápice. Ao assistimos as mais diversas situações de dificuldades financeiras, seja ela já consumada ou ocorrida durante a consultoria prestada, todos nós nos identificamos em algumas delas: armadilhas com promoções, uso do cartão de crédito, empréstimos, financiamentos ou imprevisto com carro, saúde, educação reformas, equipamentos e aparelhos que estragam....ou seja temos que por a mão no bolso, mesmo que ele esteja vazio!!!!!

O fato é todos nós sabemos o que não devemos fazer, mas  não o fazemos,  e o pior....conscientemente! Depois vamos nos lamentar, nos sentir culpados, tentar contornar a bola de neve financeira que vai tomando corpo a cada escolha  financeira indevida ou precipitada.

A possível solução....

O Programa de Educação Financeira  que foi implantado e organizado pelo COREMEC -  Comitê de Regulação e Fiscalização dos Mercados Financeiros, de Capitais, de Seguros, de Previdência e Capitalização, para alunos do Ensino Médio, na modalidade piloto, iniciado em 2010 por adesão  do Estado em 34 escolas interessadas sendo: 17 escolas da rede pública de ensino, chamadas escolas de tratamento ( aquela que desenvolve diretamente o programa) e 17 escolas de controle ( aquelas que servem de parâmetro para avaliar o programa), promove em cada escola  1 turma que  foi selecionada pelo  Banco Mundial,  para implementar o material de educação financeira elaborado por especialistas na área da educação e na área de finanças. No Tocantins todas DREs participam, porém 10 diretamente com turma de tratamento  e 3 indiretamente com turma de controle.

A Educação Financeira nas escolas é um dos grandes feitos em parceria com a Educação. O programa tem as seguintes características:
Objetivo: transformar a concepção e a cultura das escolhas financeiras impactando desde o âmbito individual, familiar e comunitário, seja em forma de prevenção ou de gerenciamento de situações-problemas já criadas, sobretudo de consumo adequado impactando no meio ambiente.
Proposta Pedagógica: pauta-se na transversalidade do currículo, por meio do desenvolvimento de situações didáticas, chamadas “SDs”, inseridas em material impresso .
O material: são 3 blocos de estudos contidos em livros  e caderno para o aluno e ainda um ótimo suporte didático-metodológico aos professores, esses materiais tem  foco na ludicidade, a qual leva aos alunos a se entusiasmarem pelo programa e a participarem ativamente de cada tema estudado.
Os temas: os temas envolvem o conteúdo formal e o social que se articulam de forma transversal para que sejam vivenciados em sala de aula, na comunidade local, no âmbito estadual e nacional, os tema envolvem  :orçamento individual e familiar, trabalho, empreendedorismo, grandes projetos, bens públicos, economia do pais e economia do mundo. São 72 situações didáticas divertidas de serem realizadas, pois condiz com a vida diária dos alunos para articula o conteúdo formal com o conteúdo social. 
Os professores: cada professor passa pela capacitação inicial do programa e tem um assessoramento a distância, por meio de ambiente virtual de aprendizagem onde ela tira todas as suas dúvidas, participa de fóruns de discussão e ainda realiza teste de conhecimento, vale lembrar as importantes socializações com todos os professores de outros Estados. Há ainda uma gama de sites e links que auxiliam nas aulas a serem realizadas. Fora isto, conta-se com a inovação e criatividade do próprios professores.

Uma reflexão...
Fico pensando se... quando eu era estudante da Educação Básica  na escola pública, como sempre fui, tivesse aulas de educação financeira, certamente não teria alguns dos problemas apontados no inicio desse texto e por essa fato eu lamento! Mas por outro lado, penso nesses jovens que estão passando por essa experiência agora como eles serão no futuro? A perspectiva é de que sejam pessoas com total consciência de seus atos, mais que isso que sejam preventivos nas suas escolhas, certamente terão um mundo melhor, sobretudo na área ambiental, pois um dos grandes objetivos é o impacto socioeconômico que a educação financeira promove. As possibilidades pedagógicas são inúmeras fato recorrente na fala dos professores participantes e  no relato de alunos e pais também se percebe uma mudança em curto prazo. Tal fato se constata nos ótimos resultados já encontrados no Estado do Tocantins. 

Em breve a coordenação do Programa no Tocantins lançará o Blog da Educação Financeira para socializar os trabalhos nas escolas, indicar leituras e links para suporte às aulas e ainda um projeto de Educação Financeira para Servidores Públicos que terá seu material adaptado a partir das concepções basilares do Programa em suas dimensões, objetivos, competências, reformulando as  situações do cotidiano vivenciadas comumente pelos servidores.

E o que as escolas têm a ver com isso?

O papel das Secretarias de Educação é exatamente articular e aproximar os conteúdos curriculares contido Situações Didáticas; promover o planejamento transdisciplinar continuo na escola; detectar os impactos positivos das concepções advindas dos estudos e disseminar as boas práticas desse trabalho nas escolas. Para isso, cada Seduc tem sua estratégia própria de operacionalizar o programa. Ressalta-se que o Tocantins é o Estado mais bem avaliado no monitoramento do Instituto Unibanco, sendo referência para todos os outros Estados que participam do programa. Nesse aspecto o trabalho dos professores e coordenadores nas escolas tem importância fundamental para o bom andamento do programa em 2010 , bem como sua continuidade em 2011.

E as boas práticas onde estão?

Bom... primeiramente nas escolas e para isso o blog trará essas informações, mas enquanto isto acontecerá no Rio de Janeiro dias 09 e 10 de maio o Worshop Internacional, onde todos os estados  participantes apresentarão suas práticas para socializar. Ainda em maio, mais precisamente no final, também será realizado um Workshop Local com os resposáveis nas escolas de tratamento...aguardem!!!

E bolso nosso de cada dia?

Está aí nessas informações e socializações. Se ele vai estar cheio ou vazio, ou ainda oscilar nesse contexto, vai depender da nossa consciência, das escolhas financeiras adequadas...mas se você está em constante dificuldade financeira isso é um termômetro para alertar que não está fazendo escolhas certas, nos momentos certos. Pense nisto! Eu já começei a mudar minha prática e meu bolso, familia e saúde agradecem!

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