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domingo, 1 de maio de 2011

Escola : autora, vitima e palco de Bullying

Com a tragédia na Escola Tasso da Silveira ocorrida em Realengo-Rio de Janeiro, muitas questões emergiram nas escolas sobre as mais diferentes formas de identificação desse problema que não é novo, pelo contrário, sempre esteve presente nas mais diversas formas, tempos e espaços da escola, apenas não eram tão evidenciados e divulgados. E se pensarmos que a escola de antigamente não acontecia isso ledo engano! Na literatura clássica podemos notar que muitos livros que versavam sobre histórias ocorridas em escolas, já traziam fortes traços de bullying com é o caso de O Ateneu (POMPEIA, 1994) um romance que oportunizou "a descrição de uma escola hipócrita estratificada de garotos dominantes, másculos, por meio de um currículo oculto muito mais forte que o formal" (GOMES, 2010, pag. 428), porém tais atitudes eram sufocadas pelo silêncio.

A partir dos anos 80 é que as agressão se tornaram mais forte nas escolas, cenas de vandalismo praticadas tanto no âmbito interno quanto em seu entorno, as quais eram reduzidas, por vezes, pelo policiamento acionado constantemente. Nos anos 90 houve identificação de violências advindas não só das periferias, mas também das classes médias e de camadas sociais mais ricas, divulgadas nas mídias disponíveis, sobretudo na mídia televisiva. Atualmente, esses noticiários tem lugar garantido em qualquer jornal, programa, rede de relacionamento e videos, sempre como carro chefe da notícia. 

Os espaços de formação continuada na escola são importantes momentos de orientações, discussões e socializações dessa problemática a partir da elaboração coletiva de estratégias que possam preveni-las e combate-las.
A escola é, sem dúvida, autora, palco, vítima de bullyng, segundo Gomes(2010, pág. 437). É autora quando pratica a exclusão social tão presente nas discussões de Bourdieu(1970), ou quando seus gestores, professores e técnicos são hostilizados pelos alunos e comunidade. É vitima quando o vandalismo se transforma em uma das válvulas de escape das situações conflituosas, e finalmente é palco quando em seu interior tais conflitos não são conduzidos adequadamente e assim se torna um lugar de aprendizagem de violência. Com gerenciar isso tudo? Tem solução?Acredito que sim.

Na rede estadual esse momento será agora em maio, então professor aproveite a oportunidade para lançar ou retomar essa discussão pontuando se tem acontecido isso nas salas de aula, nos   ambientes diversos da escola como por exemplo com palavras de baixo nível escritas nos banheiros, brincadeiras ou alguns jogos realizados que por si só já dão margem à promoção de certas violências, nas disputas por melhor colocação ou média da sala, nas aversões a determinados profissionais da escola, na pressão por competência, ou até mesmo na disposição das carteiras na sala, no que o currículo escolar e escolha de materiais pedagógicos podem influenciar nesse tipo de problema.  Socialize o que você tem feito diante das situações que aconteceram na escola.

Busque ainda suporte teórico para ajudar a entender melhor o que é, como ele acontece e, principalmente, em como ajudar a vitima e porque não dizer os autores de bullying a lidar com essa questão, fazendo com que a escola minimize esta questão por sua atitude diante do tema.

Referências:
GOMES, Cândido. Violências escolares: implicações pra a gestão e o currículo. Ensaio. Avaliação em Políticas Públicas em Educação. Fundação Cesgranrio.  vol. 18 - junho/setembro, 2010.

Um comentário:

  1. oi amiga!! Ótimo tema vc escolheu para debater aqui no seu blog.Uma outra preocupação com relação ao bullying nas escolas é qdo ele é praticado de professor para aluno. É urgente que a escola perceba, admita e aja contra esssas ações. See you!!

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