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quinta-feira, 2 de junho de 2011

CURRICULO E AVALIAÇÃO: PARA QUE TE QUERO? PARTE 2

Há um entrelaçamento a ser considerado: teoria, materiais e metodologias e dentre elas está a avaliação.


 os
Avaliar nunca foi um processo simples, nem fácil, isso todos nós sentimos na pele quando atuamos na docência, quando aplicamos algum tipo de avaliação de desempenho, de projeto ou de ações seja ela na escola ou em outros espaços que requer avaliação. Qual seria o motivo, se todos nós teoricamente sabemos o que é,  para que serve, e como se faz avaliação? Digo teoricamente porque, na maioria dos casos, os docentes são graduados, qualificados e capacitados constantemente nessa temática.  




Contudo, há um grande esforço dos sistemas no campo da avaliação da aprendizagem, ficando as demais dimensões, por vezes, desconexas do sentido sistêmico e valoroso que é a articulação de todas as dimensões da avaliação.
Nesse contexto, as propostas curriculares de cada Rede de Ensino deve estar pautada nas Diretrizes de Avaliação estabelecidas pelo Ministério da Educação. Há uma vasta literatura que podemos recorrer para termos um suporte teórico-metodológico e didático da avaliação da aprendizagem. As políticas públicas em avaliação escolar instituídas nacionalmente ou no âmbito de cada Estado são importantes indicadores da preocupação e organização dos processos avaliativos: Jussara Hoffman, Luckesy, Vasco Moreto...e lá no finalzinho nós, como todas as nossas concepções, intuições, conhecimentos construídos.
É....porque na verdade quem elabora, analisa, corrigi, orienta e reconduz os processos avalitivos em sala de aula, somos nós professores. Há que se atentar para o equilíbrio desses dois aspectos: currículo e avaliação.
As reflexões propostas abaixo devem funcionar como um mobilizador para que possamos de fato, à luz da teoria colocar em prática aquilo que produzimos enquanto avaliação.
Algumas questões iniciais:




As avaliações externas nos empurra à uma série de reflexões que podem ser positivas ou negativas. Disto vai depender aos rumos que damos a elas. O papel dos envolvidos na avaliação deve pautar-se em:


O contexto de nossas avaliações internas hoje nos preocupa. Alguns elementos para repensarmos como anda o processo avaliativo pode ser um dos pontos de partida para essa ação.
Um dos papeis da Coordenação Pedagógica nas escolas é um dos motivos para que a avaliação siga o rumo que deve ter:  Algumas provocações sobre o que os coordenadores pedagógicos realizam diante das avaliações na escola:





       Por fim é na organização do trabalho pedagógicos na escola, como os CP auxiliam aos professores a conhecer, apropriar-se do currículo, planejar e avaliar adequadamente, fazendo uso dos resultados encontrados? Quais ações interventivas são possíveis?  

       Se você se identificou com alguma parte desse texto, convido a você a discutir na escola e analisar  como estão praticando o curriculo e a avaliação.

CURRICULO E AVALIAÇÃO: PARA QUE TE QUERO? PARTE 1

Inquietações...

 
Os documentos curriculares nacionais indicam os parâmetros para todas as dimensões da avaliação: institucional, aprendizagem, escola e profissionais. Mas nem sempre temos isso muito claro em nossa cabeça! A princípio o que nos remete a palavra currículo?
No senso comum, logo imaginamos que é um conjunto de informações pessoais, escolares e  profissionais de uma pessoa.

 

À luz da teoria Bernstein (2008):
Como os princípios que regem a seleção das matérias escolares e as relações entre elas. Para ele, o plano de ensino é o reflexo da distribuição do poder numa sociedade que procura assegurar o controle social e determinar o comportamento dos indivíduos.
 Para Saviani (2008) considera curriculo como
A compreensão de que a natureza humana não é dada ao homem, mas é por ele produzida, leva ao entendimento do trabalho educativo como “o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens”
Será que conhecemos a fundo o que nos rege enquanto curriculo na escola? A princípio e por ordem de peso apresento resumidamente o seguinte:

Constituição Federal – CF Art. 210 – fixa conteúdos mínimos dever dos Estados para a  formação básica para o EF – respeito aos valores culturais, culturais e artísticos nacionais e regionais;
      •Lei de Diretrizes e Base da Educação Nº 9394/96 – base comum e base diversificada para EF e EM,foco regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia;
      •Diretrizes Curriculares Nacional – expressa em vários documentos – pareceres, resoluções em diferentes modalidades, formação e plano de carreira dos professores e remuneração do magistério;
      •Parâmetros Curriculares Nacional – orientações ´pedagógicos de aquisição e desenvolvimento do conhecimento ( conteúdos formal e informal)
     •Propostas Curriculares dos Sistemas de Ensino – à luz dos documentos curriculares são elaboradas para atender a realidade nacional, regional e local, amparadas pela opção pedagógica que o respectivo sistema de ensino adota;
      •Plano Político Pedagógico da Escolas – são formuladas as expectativas, desejos e necessidades de forma coletiva e que coadunam com todos os documentos de âmbito maior;
      •Plano de Curso (anual)– composto do desmembramento das concepções e orientações pedagógicas expressas nos documentos anteriores disseminadas em conteúdos curriculares;
     •Planejamento de aula – desenvolvimento de metodologias para a aplicação dos conteúdos curriculares.

       Pelo que se pode perceber  a escolha dos conteúdos são intimamente intencional. Temos então o curriculo prescrito, o apresentado e o realizado. Mas o que isso 'trocando em miúdos'?






       Quando se atua na escola temos uma série de variantes que determinam como e quando o curriculo se efetiva. Tal atitude são fortalecedoras ou empobrecedora deste. Mesmo seguindo as prescrições da Lei maior da Educação, diretrizes, proposta curriculares estaduais ou municipais. De outro lado, pode-se facilmente perceber que no curriculo apresentado são eleitos por uma série de critérios internos, muitas vezes da escola e dos professores, para a escolha dos materiais didático e pedagógicos desenvolvidos no âmbito da escola. Mais a diante, são eles, os professores que desenvolvem, com maior ou menor compromisso, o curriculo real, pois os professores determinas e deliberam quais conteúdos vão ser ministrados, como e onde, assim temos o curriculo realizado, com a arbitragem do professor no que levar ou deixar de levar aos alunos. Quem não viu a matéria de geometria? Será que é porque estava geralmente no final dos livros didáticos de matematica? Porque não deu tempo de cumprir o 'programa'? Ou porque o professor não sabia muito bem ministrar esse conteúdo?  Nunca vou saber!!!
       Este é um terreno que pode ser potencial ou limitado nas ações pedagógicas dos docentes.  

       Quais desafios temos ao implementar currículo na escola? Primeiramente conhecer suficientemente os documentos curriculares que norteia o sistema de ensino e agregados a eles a opção teórico-metodológica adotada pelos respectivos sistemas de ensino.



       E ao escolher ou selecionar material pedagógico o que considerar?

·          Concepções e orientações pedagógicas e metodologias adotada
·          Livro Didático,  apostilas e livros paradidáticos coerentes com a concepão adotada
·         Jogos  Pedagógicos e Tecnológico com a mesma finalidade de concepção teorico e   metodológica.




Você já pensou nisto?



quinta-feira, 19 de maio de 2011

Alfabetização Financeira em Foco

BOAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA  PREMIAM EM NIVEL INTERNACIONAL,
 4 PROFESSORES DO TOCANTINS


Professores serão premiados pelo Instituto Unibanco no Rio de Janeiro
















                                                   Foto: JORNAL TOCANTINS AGORA, maio/2011

Quatro professores das escolas do Tocantins serão premiados durante solenidade realizada no workshop “Avaliação de Impacto do Projeto Educação Financeira nas Escolas em 2010”, que acontecerá no Centro de Convenções da BM&FBOVESPA, no Rio de Janeiro, nos dias 9 e 10 de maio.
A premiação será no dia 10, às 14 horas. Os professores são: Klauber Oliveira Lima, professor de Matemática do Centro de Ensino Médio Castro Alves, em Palmas; Shirley Barbosa de Sousa, professor de Química do Colégio Estadual Raimundo Neiva, em Palmeiras; Maria Dalvani Andrade Granja de Sousa, professora de Língua Portuguesa do Colégio Osvaldo Franco e Sônia Cristina Ruzza Nogueira, professora de Matemática do Instituto Presbiteriano Vale do Tocantins, em Paraíso. ( JORNAL TOCANTINS AGORA, maio/2011).

O Evento foi um divisor de águas no projeto piloto do Programa de Educação Financeira, pois contou com a apresentação de várias experiências de outros países, tendo o Brasil como destaque no que se refere as práticas dentro de escolas. As palestras foram sobre a Alfabetização Financeira, os resultados da Avalição de Impacto, A avaliação da Pesquisa sobre Educação Financeira no mundo, os investimentos das instituições parceiras no projeto piloto e além disto foi abrilhantada com a apresentação dos Estados que trouxeram suas melhores práticas, a partir do desenvolvimento do projeto piloto, para socializar com os participantes. O evento ocorreu no Centro de Convenções da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, onde também foram premiados simbolicamente os professores de Tocantins e ainda professores de outros Estados participantes na modalidade frequencia e desempenho: Distrito Federal, Minas Gerais, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo.

O Tocantins, inouvou na apresentação trazendo não só um trabalho mais 3, sendo um de cada região: centro, sul e norte do Estado. O destaque foi para o vídeo produzido por alunos da turma da EE Félix Camoa de Porto Nacional que conseguiu tirar lágrimas dos olhos de muitos dos idealizadores do projeto.


A psicóloga econômica Vera Rita expressou essas palavras ao comentar a apresentação de Tocantins. A dimensão estética de educação ficou aflorada com as experiências de outros Estados as quais serviram de incentivo para que novas práticas pudessem ser adotadas. Para a turma de alunos participantes do programa serão concedidos ou um passeio dentro do Estado ou um MP4 para cada aluno e esse decisão é da turma e para os professores Netbooks. Ao final ainda foi concedida uma viagem a Buenos Ayres para a escola que teve melhor avaliação nas duas categorias, o prêmio ficou com uma escola do interior do Rio de Janeiro.

A Secretaria da Educação realizará um evento para premiação ainda em junho, além de contar com essa temática na FLIT - Feira Literária Internacional do Tocantins com palestras e oficinas disseminando os trabalhos premiados e ainda contemplará esse assunto na formação continuada de trabalhadores da educação no Programa de Imersão.

Há vários depoimentos de mudança de atitude e de postura a partir dos estudos do material, tanto de alunos, como de professores e multiplicadores. A exemplo da afirmação da aluna Antônia Silva, 17 anos do Cem Castro Alves “Aprendi que é preciso economizar, se desejo adquirir alguma coisa no futuro”. ( JORNAL TOCANTINS AGORA, maio/2011). A multiplicadora Sâmia Macedo comenta que só a partir dos estudos e apropriação dos conhecimentos pode entender a necessidade de fazer seguros e hoje não abre mão de ter seu carro e vida assegurados. "O consumismo foi dimunuído significativamente" disse a multiplicadora que também foi premiada. Há relatos de pais que são verdadeiros indicadores de que a postura dos filhos mudou em casa e também na sociedade, exemplos de econcomia com contas fixas são frequentemente relatados por pais quando de reuniões nas escolas. O comércio sente, a curto prazo, a mudança de atitude e consequentemente muda também sua postura no que se refere a baixar preços, ofertar melhores produtos dentre outras práticas concretas em pequenas cidades do interior do Estado.

Outro importante mobilizador de nossos trabalhos é o reconhecimento da CVM - Comissão de Valores Monetários,  quanto a organização e operacionalização do projeto no Tocantins, fato frequentemente reforçado pela Coordenação Geral do Programa. As palavras de Alzira Oliveira - Consultora Pedagógica , refletem isso "Antecipo-me esta importante organização e desenvolvimento das atividades que vocês vêm adotando na implementação do Programa que, com certeza, precisam contar com estas iniciativas".Mais uma vez, Parabéns!
É sem dúvida um dos grande projetos que tem impacto na vida pessoal e profissional de todos os que conhecem o material de educação financeira. Vale a pena acompanhar e conferir no Blog que está sendo criado para essa finalidade.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Envelhecer na profissão professor: realidade e desafios.

 Uma historinha de criança...

Quando eu fazia a 3ª série do primeiro grau (hoje ensino fundamental), tive uma professora chamada Zulmira da qual tenho grande saudade. Ao final do ano ela fez aniversário e eu perguntei quantos anos - na maior inocência - e para a minha surpresa ela respondeu que estava fazendo 50 anos! Nossa eu fiquei perplexa.de boca aberta mesmo! Como uma pessoa poderia viver tanto? E ainda trabalhando? Eu lembro da minha fisionomia de espanto quando ela disse que era quase uma sexagenária, eu fiquei boindo nessa palavra! Mas o que me assustou mesmo foram os 50 anos, na minha inocência imaginei...nem minha avó tem essa idade. Pensei...será que vou viver desse tantão?

Uma historinha de mãe...

Durante alguns anos eu e minha filha brincamos de troca de papéis. Eu era a filha dela e ela era a minha  mãe. Brincávamos chamando uma a outra pelos nomes trocados, eu era a Drielly e ela era a Alessandra. Quando ela chegou a uns 8 anos de idade ela começou a ter um comportamento diferente de antes, pois toda vez que eu a chamava de Alessandra ela chorava copiosamente. Eu entrei em parafuso! Não entendia o que na cabecinha dela a minha imagem representava. Fiquei realmente mal. Após estudar um pouco sobre casos desse tipo na psicopedagogia pude compreendre que o porquê do choro incontrolável. É que na cabeça dela se eu era a sua mãe consequentemente era "velha" e como todo velho... ia morrer logo, logo. Triste né? Que dilema para a criança. Que significado tinha ou tem a velhice para nosso filhos e alunos?

Informações e dados estatísticos para discussão...

Com a divulgação do Censo brasileiro registra que há quase 191 milhões de habitantes. O maior crescimento é na Região Norte com 8,3% de aumento. A cidade de Palmas está em evidência por causa das promissoras oportunidades de trabalho que ela possibilita, pois teve o maior crescimento populacional registrando mais de 5% de aumento. O Censo informa que "A maior diferença entre as taxas médias geométricas de crescimento anual foi observada no Tocantins, onde Palmas – a capital que mais cresceu no Brasil – apresentou uma taxa de 5, 21%, enquanto os demais municípios do estado cresceram 1,25% ao ano"( IBGE, 2011).  No cômputo geral que tem mais homens do que mulheres nós já sabíamos, para cada 96 homens, 100 mulheres. Porém a Região Norte é a única que o número de homens é superior ao de mulheres. Informações mais especificas podem se consultadas no link www.ibge.gov.br   nele você encontra os principais destaques.

Um dado novo, mas que já era previsto foi constatado nesse censo: o número de idosos aumentou! E a Região Norte mais uma vez está no topo do percentual de 4,6% o maior do país. Isso significa que teremos muito em breve o maior número de idosos, em nosso Estado. Se o maior crescimento populacional é aqui, consequentemente teremos pessoas com idade mais avançada atuando nas mais diversas profissões e certamente na docência.

Três pontos basilares...

Se por um lado na profissão professor - que por natureza atuam mais profissionais do sexo feminino do que masculino, concretizado pelo próprio processo histórico e cultural - por outro temos um quadro em um futuro bem próximo de professores com idade mais avaçada do que o usual, chamo à atenção para três discussão diferentes diante do tema:
a) como as escolas trabalham a questão do envelhecimento dos atuais e dos futuros idosos? Como isso está  presente no curriculo escolar;
b) como é tratada a questão do envelhecimento dos professores e suas implicações;
c) como os professores lidam com a questão da aposentadoria.

Na primeira discussão vejo ainda longe de nossa realidade da sala de aula. Contudo ela está contida na Diretriz Curricular e PCNs no tema transversal. A não ser pela boa vontade dos professores e por alguma manchete da mídia esse tema é incluído nos planejamentos dos docentes para serem trabalhados. É verdade que houve uma intensificação do tema após a instituição do Estatuto do Idoso, mas se formos filtrar em uma úncia escola o que esse tema contemplou no curriculo escolar, no PPP ou até mesmo em alguma disciplina, talvez encontremos alguma abordagem na disciplina de lingua portuguesa no que se refere a textos, talvez em livros didáticos....talvez!

Na segunda discussão que é muito real para todos nós, a saúde do trabalhador está sempre em jogo, e nesse bojo o envelhecimento com qualidade também está inserido. O blog Cuida bem de Mim www.cuidabemdemim.blogspot.com  dá várias informações e orientações para que se reflita sobre a saúde dos trabalhadores em educação, vale a pena conferir e contribuir com comentários. Entre outros temas relacionados, nesse blog você vai encontrar um mapeamento das principais doenças que tem levado aos professores a adoecerem, além de várias dicas de como conviver com isto.
Um outro dilema é envelhecer na idade e não envelhecer na profissão ( conhecimento), nesse aspecto muitos são as variáveis que leva à falta de interesse para ingressar ou permanecer na profissão: baixos salários, violência na escola, falta de condições adequadas de trabalho, salas sueperlotadas, falta de prestígio social, enfrentamento das novas TICs, falta de tempo para estudos complementares, dentre vários outros ( CNTE, 2009).

A terceira questão é polêmica. Como sou filha de professora sempre ouvi da minha mãe e de vários colegas delas que "não vejo a hora de me aposentar". Onde trabalho frequentemente vejo alguns colegas contabilizando os anos que faltam para aposentadoria, almejando assim que se encerre logo a atuação na profissão. O mais comum é ouvir que vão passar a aposentadoria viajando, cuidando de netos, trabalhando em outro ramo que não seja a educação...enfim, uma série de opções que são buscadas, para alguns profissionais, desde o dia em que inicia a sua vida profissional! Curioso não é? Ingressar em uma profissão com vistas a aposentadoria! O contraponto se instala quando essas pessoas aposentam. Muitos entram em depressão porque não tem mais o que fazer, ou não sabem fazer outra coisa. E daí vem uma crise existencial, que comumente leva a momentos depressivos, no mínimo.

Outro dia assisti a um vídeo que tratava da relação homem x trabalho, o entrevistado dizia da beleza das profissões e nisso está embutido a dimensão estética profissional. Fez um comparativo sobre a profissão de ator na qual fala da atriz  Fernanda Montenegro comenta que o sonho dela é morre no palco, e nesse contexto ele pontua que se perguntar para o professor qual é o seu sonho, possivelmente responderá que é se aposentar. Contraditório não? Muitos ao ler esse texto podem perguntar, mas o salário do ator é bem diferente do professor! Nem tanto! E os atores que não são renomados será que tem a mesma posição de Montenegro? Ou os professores que são bem remunerados almejam continuar a atuar mesmo depois da aposentadoria?

Curiosamente, ouvi de uma colega de trabalho que já é apostentada e voltou a ativa que com a aposentadoria ficou realmente sem norte, no princípio era tudo tranquilo, tinha tempo para tudo, mas depois o tempo ficou cada vez maior e ocioso. Outro caso é de uma colega que já passou da época de aposentar e não o fez ainda porque pensa que não dará conta de ficar sem trabalhar. Posicionamento à parte, o que importa mesmo é estar preparado para a aposentadoria. Mas será que alguém se prepara para isto, mesmo contabilizando ano a ano o que falta para chegar lá? Ou ainda, há cursos para preparar para isto? Mesmo que exista, penso ser pouco provável que o curso intenvenha no sentimento lançado quando se está perto de aposentar ou já se aposentou.


Historinha de professor em envelhecimento...(em construçao)

Analisando todos esses fatos penso que não sou uma professora que almeja aposentadoria, meu pensamento está mais centrado no que estou construindo enquanto conhecimento e como vou usá-lo quando a aposentadoria chegar. Aos que continuam contando os dias, sei que tem seus motivos, pois cada uma tem sua justificativa, mas não custa pensar na reflexões que a leitura desse texto possa ter mobilizado. Parafraseando Montenegro cada ruga que tem ou vier a ter no meu rosto foi com muito trabalho que consegui!

Uma frases para refletir:

"Todos gostariam de viver muito, mas ninguém gostaria de envelhecer."
Benjamin Franklin

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Bolso nosso de cada dia!

 A realidade.....

Frequentemente temos visto na mídia muitas reportagens voltadas para como melhorar nossa relação com o dinheiro. Muitos consultores financeiros nos orientam quanto ao que devemos fazer para contornar as dificuldades financeiras, depois que elas já estão em seu ápice. Ao assistimos as mais diversas situações de dificuldades financeiras, seja ela já consumada ou ocorrida durante a consultoria prestada, todos nós nos identificamos em algumas delas: armadilhas com promoções, uso do cartão de crédito, empréstimos, financiamentos ou imprevisto com carro, saúde, educação reformas, equipamentos e aparelhos que estragam....ou seja temos que por a mão no bolso, mesmo que ele esteja vazio!!!!!

O fato é todos nós sabemos o que não devemos fazer, mas  não o fazemos,  e o pior....conscientemente! Depois vamos nos lamentar, nos sentir culpados, tentar contornar a bola de neve financeira que vai tomando corpo a cada escolha  financeira indevida ou precipitada.

A possível solução....

O Programa de Educação Financeira  que foi implantado e organizado pelo COREMEC -  Comitê de Regulação e Fiscalização dos Mercados Financeiros, de Capitais, de Seguros, de Previdência e Capitalização, para alunos do Ensino Médio, na modalidade piloto, iniciado em 2010 por adesão  do Estado em 34 escolas interessadas sendo: 17 escolas da rede pública de ensino, chamadas escolas de tratamento ( aquela que desenvolve diretamente o programa) e 17 escolas de controle ( aquelas que servem de parâmetro para avaliar o programa), promove em cada escola  1 turma que  foi selecionada pelo  Banco Mundial,  para implementar o material de educação financeira elaborado por especialistas na área da educação e na área de finanças. No Tocantins todas DREs participam, porém 10 diretamente com turma de tratamento  e 3 indiretamente com turma de controle.

A Educação Financeira nas escolas é um dos grandes feitos em parceria com a Educação. O programa tem as seguintes características:
Objetivo: transformar a concepção e a cultura das escolhas financeiras impactando desde o âmbito individual, familiar e comunitário, seja em forma de prevenção ou de gerenciamento de situações-problemas já criadas, sobretudo de consumo adequado impactando no meio ambiente.
Proposta Pedagógica: pauta-se na transversalidade do currículo, por meio do desenvolvimento de situações didáticas, chamadas “SDs”, inseridas em material impresso .
O material: são 3 blocos de estudos contidos em livros  e caderno para o aluno e ainda um ótimo suporte didático-metodológico aos professores, esses materiais tem  foco na ludicidade, a qual leva aos alunos a se entusiasmarem pelo programa e a participarem ativamente de cada tema estudado.
Os temas: os temas envolvem o conteúdo formal e o social que se articulam de forma transversal para que sejam vivenciados em sala de aula, na comunidade local, no âmbito estadual e nacional, os tema envolvem  :orçamento individual e familiar, trabalho, empreendedorismo, grandes projetos, bens públicos, economia do pais e economia do mundo. São 72 situações didáticas divertidas de serem realizadas, pois condiz com a vida diária dos alunos para articula o conteúdo formal com o conteúdo social. 
Os professores: cada professor passa pela capacitação inicial do programa e tem um assessoramento a distância, por meio de ambiente virtual de aprendizagem onde ela tira todas as suas dúvidas, participa de fóruns de discussão e ainda realiza teste de conhecimento, vale lembrar as importantes socializações com todos os professores de outros Estados. Há ainda uma gama de sites e links que auxiliam nas aulas a serem realizadas. Fora isto, conta-se com a inovação e criatividade do próprios professores.

Uma reflexão...
Fico pensando se... quando eu era estudante da Educação Básica  na escola pública, como sempre fui, tivesse aulas de educação financeira, certamente não teria alguns dos problemas apontados no inicio desse texto e por essa fato eu lamento! Mas por outro lado, penso nesses jovens que estão passando por essa experiência agora como eles serão no futuro? A perspectiva é de que sejam pessoas com total consciência de seus atos, mais que isso que sejam preventivos nas suas escolhas, certamente terão um mundo melhor, sobretudo na área ambiental, pois um dos grandes objetivos é o impacto socioeconômico que a educação financeira promove. As possibilidades pedagógicas são inúmeras fato recorrente na fala dos professores participantes e  no relato de alunos e pais também se percebe uma mudança em curto prazo. Tal fato se constata nos ótimos resultados já encontrados no Estado do Tocantins. 

Em breve a coordenação do Programa no Tocantins lançará o Blog da Educação Financeira para socializar os trabalhos nas escolas, indicar leituras e links para suporte às aulas e ainda um projeto de Educação Financeira para Servidores Públicos que terá seu material adaptado a partir das concepções basilares do Programa em suas dimensões, objetivos, competências, reformulando as  situações do cotidiano vivenciadas comumente pelos servidores.

E o que as escolas têm a ver com isso?

O papel das Secretarias de Educação é exatamente articular e aproximar os conteúdos curriculares contido Situações Didáticas; promover o planejamento transdisciplinar continuo na escola; detectar os impactos positivos das concepções advindas dos estudos e disseminar as boas práticas desse trabalho nas escolas. Para isso, cada Seduc tem sua estratégia própria de operacionalizar o programa. Ressalta-se que o Tocantins é o Estado mais bem avaliado no monitoramento do Instituto Unibanco, sendo referência para todos os outros Estados que participam do programa. Nesse aspecto o trabalho dos professores e coordenadores nas escolas tem importância fundamental para o bom andamento do programa em 2010 , bem como sua continuidade em 2011.

E as boas práticas onde estão?

Bom... primeiramente nas escolas e para isso o blog trará essas informações, mas enquanto isto acontecerá no Rio de Janeiro dias 09 e 10 de maio o Worshop Internacional, onde todos os estados  participantes apresentarão suas práticas para socializar. Ainda em maio, mais precisamente no final, também será realizado um Workshop Local com os resposáveis nas escolas de tratamento...aguardem!!!

E bolso nosso de cada dia?

Está aí nessas informações e socializações. Se ele vai estar cheio ou vazio, ou ainda oscilar nesse contexto, vai depender da nossa consciência, das escolhas financeiras adequadas...mas se você está em constante dificuldade financeira isso é um termômetro para alertar que não está fazendo escolhas certas, nos momentos certos. Pense nisto! Eu já começei a mudar minha prática e meu bolso, familia e saúde agradecem!

domingo, 1 de maio de 2011

Escola : autora, vitima e palco de Bullying

Com a tragédia na Escola Tasso da Silveira ocorrida em Realengo-Rio de Janeiro, muitas questões emergiram nas escolas sobre as mais diferentes formas de identificação desse problema que não é novo, pelo contrário, sempre esteve presente nas mais diversas formas, tempos e espaços da escola, apenas não eram tão evidenciados e divulgados. E se pensarmos que a escola de antigamente não acontecia isso ledo engano! Na literatura clássica podemos notar que muitos livros que versavam sobre histórias ocorridas em escolas, já traziam fortes traços de bullying com é o caso de O Ateneu (POMPEIA, 1994) um romance que oportunizou "a descrição de uma escola hipócrita estratificada de garotos dominantes, másculos, por meio de um currículo oculto muito mais forte que o formal" (GOMES, 2010, pag. 428), porém tais atitudes eram sufocadas pelo silêncio.

A partir dos anos 80 é que as agressão se tornaram mais forte nas escolas, cenas de vandalismo praticadas tanto no âmbito interno quanto em seu entorno, as quais eram reduzidas, por vezes, pelo policiamento acionado constantemente. Nos anos 90 houve identificação de violências advindas não só das periferias, mas também das classes médias e de camadas sociais mais ricas, divulgadas nas mídias disponíveis, sobretudo na mídia televisiva. Atualmente, esses noticiários tem lugar garantido em qualquer jornal, programa, rede de relacionamento e videos, sempre como carro chefe da notícia. 

Os espaços de formação continuada na escola são importantes momentos de orientações, discussões e socializações dessa problemática a partir da elaboração coletiva de estratégias que possam preveni-las e combate-las.
A escola é, sem dúvida, autora, palco, vítima de bullyng, segundo Gomes(2010, pág. 437). É autora quando pratica a exclusão social tão presente nas discussões de Bourdieu(1970), ou quando seus gestores, professores e técnicos são hostilizados pelos alunos e comunidade. É vitima quando o vandalismo se transforma em uma das válvulas de escape das situações conflituosas, e finalmente é palco quando em seu interior tais conflitos não são conduzidos adequadamente e assim se torna um lugar de aprendizagem de violência. Com gerenciar isso tudo? Tem solução?Acredito que sim.

Na rede estadual esse momento será agora em maio, então professor aproveite a oportunidade para lançar ou retomar essa discussão pontuando se tem acontecido isso nas salas de aula, nos   ambientes diversos da escola como por exemplo com palavras de baixo nível escritas nos banheiros, brincadeiras ou alguns jogos realizados que por si só já dão margem à promoção de certas violências, nas disputas por melhor colocação ou média da sala, nas aversões a determinados profissionais da escola, na pressão por competência, ou até mesmo na disposição das carteiras na sala, no que o currículo escolar e escolha de materiais pedagógicos podem influenciar nesse tipo de problema.  Socialize o que você tem feito diante das situações que aconteceram na escola.

Busque ainda suporte teórico para ajudar a entender melhor o que é, como ele acontece e, principalmente, em como ajudar a vitima e porque não dizer os autores de bullying a lidar com essa questão, fazendo com que a escola minimize esta questão por sua atitude diante do tema.

Referências:
GOMES, Cândido. Violências escolares: implicações pra a gestão e o currículo. Ensaio. Avaliação em Políticas Públicas em Educação. Fundação Cesgranrio.  vol. 18 - junho/setembro, 2010.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Formar eis a questão!

Em todos os momentos de nossa vida estamos sempre em 'formação'. Formar é o processo continuo de construção do conhecimento, pelo qual passamos e que não há finalização...a não ser com a morte! E quem sabe esse não continua na eternidade, em outros níveis como o espiritual por exemplo!

Falar e realizar formação continuada nos dias atuais não é fácil. Há quem torça o nariz, há quem diga que é indispensável e ainda que é uma onda de modismo! Opiniões à parte, todos concordam que sem ela não temos como nos desenvolver, sobretudo, no campo profissional. Chega-se a pensar que só tem valor àquela formação ( curso) que é paga do seu bolso, pois esta você irá pensar duas vezes antes de reclamar se presta ou não!

A formação em si não significa nada se o formando não se debruçar no sentido de querer, de desejar ser formado, seja por conta própria seja inserindo-se em capacitações, aperfeiçoamento ou especializações, nos mais diferentes formatos e tempo, com as mais variadas carga horárias, metodologias e finalidades.

Após nos formarmos em qualquer desses aspectos apresentados qual é a  nossa relação com o saber construido? Em que ele é aplicado? Que resultados temos a curto, médio e longo prazo? Ou não tem resultado?

Essa reflexão é muito pertinente antes de ingressarmos em qualquer curso proposto, pois as respostas positivas diante delas é o que nos fará avaliar se estamos no rumo certo desse investimento, seja ele de iniciativa própria ou por estar inserido em um campo que requer aperfeiçoamento profissioanal contínuio por ocasião do desenvolvimento de projetos, propostas ou ações., como é comum na área da Educação .

Esse é um caminho que ao ser iniciado não tem volta, é como a invenção da roda! A roda que nos move rumo ao conhecimento gradativo e necessário a nossa atuação docente. Quem não tem a pré-diposição para trilhar esse caminho está fadado a ser atropelado, seja pela roda, seja pelos que conduzem o carro que está essa roda, ou seja, todos nós!

Reflita como está o seu desenvolvimento profissional continuado. Qual tem sido seu interesse, compromisso, determinação e, sobretudo, ações frente a essa questão que sucita tantas reclamações mas que é tão necessária ao avivamento profissional e porque não dizer pessoal.

Boa reflexão!